Telefonemas

Hoje Nuno Markl, na sua rábula “Há vida em Markl” falou sobre os telefonemas, mais propriamente sobre as despedidas desses telefonemas baseando-se na “regra da sociedade” segundo a qual quem faz a chamada é que a deve terminar. (podem ouvir aqui).

Ora, efectivamente até faz algum sentido ser quem efectua a chamada que a deva de terminar, claro que muitas vezes quando recebemos chamadas nos apetece dizer um “txau” muito antes do “txau” final.

Contudo, se há coisa que me irrita é telefonar para alguém e sentir que me estão a despachar, bem que o podiam dizer directamente. Mas irrita-me especialmente quando usam o argumento, verdadeiro ou não: “estás a gastar muito”,“não gastes mais”. Ora, se fui eu que liguei que direito tem o outro interlocutor de opinar sobre se estou a gastar muito dinheiro ou não no telefonema??? Se estou a gastar muito dinheiro ou a perder muito tempo com um telefonema que fiz o problema é meu, se é do outro lado que estão com pressa que o digam… Bem, às vezes também respondemos “não estou nada a gastar muito” quando queríamos mesmo era desligar…

Isto levanta uma outra questão: até que ponto somos falsos ao telefone?

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