O Homem Almofada

Em cena na Sala Principal do Teatro Maria Matos de 7 de Setembro a 15 de Outubro. Não vi, mas parece-me um tema interessante. Resumidamente fala sobre a responsabilidade de um artista pelo seu trabalho. "Pode um artista ser culpado pelos sentimentos que o seu trabalho provoca?"

Peço que façam um pequeno exercício: Imaginem uma personagem repugnante, horrível e má: um assassino, um psicopata, um violador, etc… agora imaginem uma situação vivida por essa personagem, façam um pequeno enredo, juntem outros condimentos, outras características, façam da situação imaginada uma em muitas repetidas.

Suponham que escrevem a história dessa personagem e que a publicam em livro.
São vocês também uns psicopatas, assassinos, violadores?
Agora alguém lê esse livro e põe em prática essa história.
Quem é o responsável?

Festa dos Caracóis #2


Depois de várias tentativas, aqui está o meu primeiro vídeo colocado online.

Festa dos Caracóis

"Cumprindo a tradição, as procissões que se realizam antes dos festejos, são iluminadas por cascas de caracóis, recolhidas pela população da freguesia e que são cheias com azeite e uma torcida de algodão, iluminando os caminhos entre a Igreja Matriz o Santuário de Nossa Senhora do Fetal."


21

Este é o 21º Artigo. Nada de especial, não fosse o primeiro após ter migrado para a versão Beta do Blogger, estando até agora a correr bem. Aproveitei também e coloquei um contador de visitas, vamos a ver se incrementa :)

Cinco anos depois...

...e o mundo não voltou a ser o que era. Estamos sem dúvida num nova realidade. Após o que ficou conhecido pelos ataques do 11 de Setembro, muita coisa mudou, mas acima de tudo mudou a nossa forma de olharmos o mundo e de lidarmos com a situação. O horror incrédulo provocado a nível mundial nesse 11 de Setembro é agora substituído pelo medo constante que se repita algo de idêntico.

Mas uma nova janela se abriu a nível mundial, agora todos nós temos consciência que podemos ser vítimas de um ataque terrorista. Aos poucos fomo-nos habituando a pequenos atentados e a muitos alarmes. Um alerta de bomba/atentado começa a fazer parte da nossa realidade e sem nos apercebermos vamos vivendo num constante “clima de guerra”, uma “guerra” a que já estamos habituados, com a qual convivemos diariamente, mas por mais ou menos perto que esteja, começamos a distanciá-la. Cinco anos depois um alerta de atentado já não tem a mesma reacção que outrora.

Natascha

O caso mundialmente mediático do momento.
É ideia minha ou há aqui uma curiosidade quase “voyeurista” neste caso?
Se a rapariga devia ou não ter dado a entrevista é com ela, mas ler, ver e ouvir essa entrevista já é comigo!

Qual o interesse que podemos ter em saber e “espiolhar” o acontecimento certamente horrível por que ela passou? Será apenas uma solidariedade humana? Um choque mundial?

Para mim saber que ela foi raptada e ficou prisioneira parece-me mais do que suficiente, mas custa-me um bocadinho ver ao ponto a que a situação chegou…
Libertou-se do sequestrador mas ficou para sempre presa no mediatismo.

PS: Parece que já há uns burlões a simular recolha de fundos, e eu acredito que com muito sucesso. Segundo o Portugal Diário “O esquema passa por simular uma recolha de fundos para os projectos de Natascha, entre eles a criação de uma fundação de ajuda às mulheres vítimas de maus tratos e de apoio aos familiares das mulheres assassinadas no norte do México”. Enfim…

Pontapé de baliza

Quase não se fala de outra coisa. O futebol voltou a ser tema em todos os noticiários e jornais, e não pela euforia do jogo jogado.

Na prática parece-me que já ninguém sabe muito bem em que ponto está o futebol, entre um apito mais colorido que volta sempre a ser falado em alturas mais “acesas”, uma ameaça de exclusão dos campeonatos milionários e a confusão do quem joga com quem, afinal como estamos?

Hilariante é a tentativa de credibilização do futebol, onde o importante seria o jogo jogado, que na prática é isso que as pessoas gostam de ver – embora uns acontecimentos mais escaldantes vendam muito mais. Mas, num jogo onde a verdade desportiva é sempre posta em causa e onde os jogadores são os primeiros a falsear faltas numa tentativa constante de, por um lado, chegar ao golo e, por outro, enganar o árbitro, onde fica a verdade desportiva?

Claro que não podemos esperar que toda a gente seja sempre 100% séria, é utópico, mas o que eu acho é que esta confusão das últimas semanas bem espremida não dá em nada, foi apenas uma tentativa de empolar um acontecimento. Venham os jogos para quem gosta puder ver, e deixem os outros assuntos com a importância que realmente têm (e já agora resolvam alguma coisita para não voltar aos mesmos casos de sempre).

De volta

Pois é, terminaram as férias. Também 3 semanas parecem-me suficientes.
Amanhã estou de voltar à lufa-lufa diária…